Anvisa aprova uso emergencial de vacinas contra Covid-19 e Estados iniciam planos de vacinação
19 de janeiro de 2021
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou no último domingo (17/01) o uso emergencial, em caráter experimental, da CoronaVac, vacina desenvolvida pela biofarmacêutica chinesa Sinovac e distribuída no Brasil pelo Instituto Butantan, e do imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca. Essa foi a última etapa para disponibilizar os imunizantes contra a Covid-19 para toda a população brasileira.
A Diretoria Colegiada da Anvisa, formada por cinco diretores técnicos, entre eles o presidente Antonio Barra Torres, analisou os pedidos de uso emergencial, temporário e experimental do Instituto Butantan e da vacina AstraZeneca/ Oxford, distribuída no Brasil pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). A diretoria analisou a qualidade, as boas práticas de fabricação, as estratégias de monitoramento e controle do imunizante e os resultados provisórios de ensaios clínicos.
O parecer da diretora Meiruze Sousa Freitas, relatora do processo, indicava a aprovação do uso emergencial de ambas as vacinas e foi acompanhado pela maioria do Colegiado. Destacamos os votos dos diretores técnicos da Anvisa.
– Meiruze Sousa Freitas (relatora): Formada em farmácia com habilitação em Análises clínicas pela Universidade Federal de Minas de Gerais. Entrou na Anvisa em março de 2007 como especialista em Regulação e Vigilância Sanitária e atingiu o posto de diretora em abril de 2020. Votou favorável à aprovação das vacinas.
– Romison Rodrigues Mota: É economista e ingressou na Anvisa em 2005 como Analista Administrativo – Especialidade Economia. Ocupou o cargo de Gerente de Orçamento e Finanças e desde 2015 é Gerente Geral de Gestão Administrativa e Financeira. Atualmente ocupa o cargo de Substituto de Diretor. Votou favorável à aprovação das vacinas.
– Alex Machado Campos: É graduado em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco e foi técnico legislativo na Câmara dos Deputados. Também atuou como chefe de gabinete do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta. Sua nomeação ao cargo foi uma indicação do Centrão ao cargo na Anvisa. Votou favorável à aprovação das vacinas.
– Antônio Barra Torres:Diretor-presidente. Egresso da Marinha, é formado em medicina pela Fundação Técnico-Educacional Souza Marques e assumiu a função como interino em dezembro de 2019. Foi efetivado em dezembro de 2019. Votou favorável à aprovação das vacinas.
– Cristiane Rose Jourdan Gomes: É médica formada pela Fundação Técnico-Educacional Souza Marques. Foi gestora de planos de saúde e diretora-geral do Hospital Federal de Bonsucesso. Votou favorável à aprovação das vacinas.
Importante destacar que, como foi autorizado o uso emergencial, as vacinas, CoronaVac e Astrazeneca, não poderão ser comercializadas, mas apenas distribuídas na rede pública de saúde.
Deste modo, com a aprovação da Anvisa, os Estados deram início à vacinação de suas populações, conforme os respectivos planos de vacinação. De acordo com o Ministério da Saúde, os Entes Federados receberão a partir desta segunda-feira (18/01) quase 6 milhões de doses da vacina e poderão começar suas campanhas de vacinação. Contudo, para a eficácia completa, é preciso que duas doses sejam aplicadas, com intervalo de duas semanas entre cada uma.
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Depois que as vacinas forem entregues aos estados, os governos estaduais são responsáveis por levar as vacinas até os municípios, em parceria com o Ministério da Defesa.
O Estado de São Paulo imunizou a primeira brasileira contra a Covid-19, ainda no domingo (17/01), logo após a aprovação pela Anvisa. Na segunda-feira (18/01), 15 (quinze) estados deram início à vacinação e nesta terça-feira (19/01), as outras 12 (doze) unidades federativas aplicam o imunizante.
Governadores presentes na cerimônia de distribuição simbólica da vacina, realizada pelo Ministério da Saúde, criticaram a iniciativa do governo paulista de iniciar a vacinação no domingo, destacando que este é um gesto que coloca os outros governadores em situação de segunda categoria e que a situação da saúde pública não pode ser transformada em campanha eleitoral.
Importante considerarmos a seguinte análise:
O Brasil está em 5º lugar com relação ao número de habitantes, com mais de 212 milhões de pessoas. Contudo, com relação ao “ranking” da Covid-19, o Brasil se encontra em 2º lugar em número de óbitos, com 207.095 óbitos, e em 3º lugar em número de casos confirmados, com 8.324.294 casos confirmados.
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Com relação à vacinação contra a Covid-19, 47 (quarenta e sete) países iniciaram ou já têm data para começar a vacinar suas populações.
De acordo com os dados disponibilizados pela plataforma Our World in Data, mais de 17 milhões de pessoas foram vacinadas no mundo. Com a autorização do uso emergencial das vacinas CoronaVac e da AstraZeneca pela Anvisa, o Brasil também caminha para entrar no grupo de países que já estão imunizando suas populações. A nação que apresenta, em sua devida proporção, o maior número de imunizados, até o momento, é Israel. O país, que tem 9 milhões de habitantes, conseguiu vacinar 1,6 milhão de pessoas. O que torna a localidade a mais avançada no que tange a imunização. Na sequência, aparecem os Emirados Árabes, Bahrein, Reino Unido e Estados Unidos.
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Abaixo, destacamos quais as vacinas que estão sendo utilizadas em cada continente:
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Acesse aqui o andamento dos estudos e fases de testes das vacinas, de acordo com as informações da ONU e dos laboratórios de desenvolvimento dos imunizantes.
Permanecemos à disposição para demais esclarecimentos que se fizerem necessários.
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