Bolsonaro elege 15 senadores enquanto Lula, 8. Veja eleitos em todos os Estados.
Atualizado em 04 de outubro de 2022 às 10:25 pm
Nestas eleições, somente 27 das 81 cadeiras no Senado Federal estavam em disputa. Além dos parlamentares que tentaram a reeleição, outros 14 dividiram-se entre os cargos à presidência da república, governos estaduais, deputado federal e a suplente de senador. Há também aqueles que não disputaram nenhum cargo.
Desse modo, dos 13 senadores que tentaram a reeleição no último domingo (02/10), somente 5 venceram a disputa em seus Estados. Portanto, os outros 8 deixarão o Senado Federal no dia 31 de janeiro de 2023.
Importa destacar que, para o Chefe do Executivo é crucial que tenha um expressivo número de aliados nas Casas Legislativas para que possa aprovar seus projetos com maior facilidade. No último domingo o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) conseguiu eleger 15 senadores dos 21 candidatos que apoiou para o Senado Federal.
Já o candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conseguiu eleger 8 nomes para o Senado Federal, sendo que o petista havia apoiado 27 postulantes ao cargo.
Pela primeira vez em 25 anos, o Senado Federal terá um novo partido como maior bancada da Casa. O PL, terá pelo menos 13 senadores a partir de 2023, podendo chegar a 15 membros, dependendo do resultado do segundo turno das eleições estaduais, um salto de 11 senadores em relação ao início da legislatura atual, em 2019. O PSD, partido do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, terá 11 senadores e será a segunda maior bancada.
O MDB, atual maior partido do Senado, deve entrar o ano de 2023 como terceira maior bancada, ao lado do União Brasil — ambos terão 9 senadores cada. O ano de 1998 foi a última vez em que o MDB não iniciou os trabalhos como maior bancada no Senado.
O PT se isolou como quarta bancada, com 8 senadores confirmados, mas pode chegar a 9 dependendo do segundo turno nos estados.
Entre os partidos que diminuirão de tamanho a partir de 2023, o Podemos, que chegou a ser a segunda maior bancada do Senado em 2020, terá 6 senadores, contra os 8 atuais. O PSDB cairá de 6 para 4, mas pode chegar a 5 dependendo das eleições estaduais. Já o PTB, que hoje tem 2 senadores, não reelegeu nenhum e deixará de ter uma bancada no próximo ano. O PP e o PDT, respectivamente com 7 e 4 senadores, perderam 1 cada.
Entre os partidos menores, o Republicanos registrou o maior crescimento, saindo de 1 para 3 senadores. Já o PSB, que hoje tem 1 senador, poderá chegar a 2.
A seguir vejamos um panorama de como ocorreram as eleições para o Senado Federal:
Estado do Paraná
Um dos candidatos à reeleição ao Senado foi derrotado no último domingo foi Alvaro Dias (Podemos-PR), que está na Casa desde 1999. No seu Estado, o vencedor foi o ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro (União Brasil),
Estado do Amazonas
Já o senador Omar Aziz (PSD-AM), que presidiu a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid em 2021, venceu a disputa apertada com Coronel Menezes (PL).
Distrito Federal
A disputa foi acirrada entre duas ex-ministras de Bolsonaro: Damares Alves (Republicanos), do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e Flávia Arruda (PL), da Secretaria de Governo. Damares foi eleita com 714.562 votos – 44,48% dos votos válidos.
Estado de Mato Grosso do Sul – São Paulo – Rio Grande do Sul
Outros ex-ministros eleitos são Tereza Cristina (PP-MS), que chefiou a pasta de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Pontes (PL-SP), da Ciência, Tecnologia e Inovações. Há também o atual vice-presidente, Hamilton Mourão (Republicanos-RS).
Senadores Não Reeleitos e Aqueles que devem deixar o Cargo
Oito senadores disputaram um novo mandato no Senado, mas não foram reeleitos: Alvaro Dias (Podemos-PR), Rose de Freitas (MDB), Roberto Rocha (PTB-MA), Telmário Mota (Pros-RR), Dário Berger (PSB-SC), Acir Gurgacz (PDT-RO), Kátia Abreu (PP-TO) e Alexandre Silveira (PSD-MG).
A senadora Mailza Gomes (PP-AC), deixará o mandato por ter sido eleita a vice-governadora do Acre na chapa de Gladson Cameli. Também deixam o Senado seis senadores que disputaram outros cargos, mas não foram eleitos e cujo mandato termina em 2023. São eles: Simone Tebet (MDB-MS), que disputou a Presidência da República; Jean Paul Prates (PT-RN), que foi candidato a suplente de senador; e Fernando Collor (PTB-AL), que concorreu ao governo de Alagoas, além de três que se candidataram à Câmara dos Deputados: Lasier Martins (Podemos-RS), José Serra (PSDB-SP) e Elmano Ferrer (PP-PI).
Outros sete senadores não se candidataram a nenhum cargo em 2022 e também deixarão o Senado: Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Maria do Carmo Alves (União-SE), Reguffe (União-DF), Paulo Rocha (PT-PA), Nilda Gondim (MDB-PB) e Luiz Carlos do Carmo (PSC-GO).
Senadores que seguem no Cargo com Mandato até 2027
O maior número é dos senadores que disputaram outros cargos e não foram eleitos, mas continuam no Senado, tendo em vista que seus mandatos findam em 2027. Estão nessa situação 15 senadores, entre eles as senadoras Soraya Thronicke (União-MS) e Mara Gabrilli (PSDB-SP) disputaram, respectivamente, a Presidência e a Vice-Presidência da República, em chapas diferentes.
Os outros 13 senadores dessa lista dos que permanecem nos mandatos disputaram vagas nos Executivos estaduais e do Distrito Federal, mas não foram eleitos. São eles Marcio Bittar (União-AC), Sérgio Petecão (PSD-AC), Izalci Lucas (PSDB-DF), Leila Barros (PDT-DF), Carlos Viana (PL-MG), Zequinha Marinho (PSC-PA), Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), Styvenson Valentim (Podemos-RN), Luis Carlos Heinze (PP-RS), Esperidião Amin (PP-SC), Alessandro Vieira (PSDB-SE), Weverton (PDT-MA) e Irajá (PSD-TO).
Ainda permanece indefinida a situação de cinco senadores que disputarão o segundo turno para o cargo de governador: Jorginho Mello (PL-SC), Rogério Carvalho (PT-SE), Marcos Rogério (PL-RO), Eduardo Braga (MDB-AM) e Rodrigo cunha (União-AL). Os mandatos de todos vão até 2027, por isso, caso não sejam eleitos, eles poderão retornar ao Senado Federal.
Senadores Eleitos com Mandato a partir de 2023
Abaixo vejamos os novos Senadores eleitos no último domingo cujo os parlamentares terão um mandato de oito anos, que irá iniciar a partir de 1° de fevereiro de 2023.
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