Candidatos ao governo do RS apresentam propostas para o setor de tecnologia da informação

Atualizado em 30 de agosto de 2022 às 10:48 pm

Na última quinta-feira (25/08) o SEPRORGS promoveu no estúdio do Instituto Caldeira, sob a condução do Presidente da Entidade, Rafael Krug, um Painel com duração de duas horas com os candidatos ao governo do Estado do RS com o objetivo de que apresentassem as suas propostas para o setor de tecnologia da informação, bem como foi oportunizado aos candidatos conhecerem as principais problemáticas e os anseios da classe empresarial.

O evento contou com a presença de Eduardo Leite (PSDB), Onyx Lorenzoni (PL), Ricardo Jobim (Novo), Vicente Bogo (PSB) e Vieira da Cunha (PDT). Edegar Pretto (PT) e Luis Carlos Heinze (PP) foram convidados, mas, por motivos particulares, não compareceram ao encontro, que durou cerca de duas horas. O critério para o convite aos candidatos foi definido dentre aqueles com os melhores percentuais nas últimas pesquisas de intenções de voto.

O painel foi dividido em blocos da seguinte maneira: inicialmente cada candidato teve quatro minutos (mais 10 segundos de tolerância) para fazer suas considerações iniciais. Após, tiveram o mesmo tempo para responder a duas perguntas divididas em duas rodas elaboradas por diversas lideranças empresariais presentes ao evento. Ao mesmo intervalo para as considerações finais.

Eduardo Leite (PSDB)

O ex-governador Eduardo Leite, que concorre à reeleição, salientou que nos últimos quatro anos promoveu inúmeras reformas para recuperar o potencial de investimento do Estado. Além disso, disse que o governo criou o maior volume de recursos em editais de inovação, com programas de incentivo ao empreendedorismo.

Questionado por Edgar Serrano, presidente da Federação Nacional das Empresas de Informática (Fenainfo), sobre qual seria a solução para a falta de mão de obra na área de TI e como irá fomentar as práticas inovadoras na educação na rede estadual, Leite respondeu: “temos de trabalhar a partir da educação básica, incentivando o raciocínio lógico, para aproveitar ali na frente na formação tecnológica”. Além disso, afirmou que outro desafio trata-se a respeito da formação dos professores.

Leite também respondeu uma pergunta do diretor regional de Caxias do Sul do Seprorgs, Esdras Moreira, sobre suas propostas para promover o empreendedorismo e o desenvolvimento de startups de base tecnológica. O candidato destacou a importância da conexão entre startups e grandes empresas, bem como dar suporte financeiro e melhorar o acesso ao capital de risco.

Onyx Lorenzoni (PL)

Exaltou a digitalização feita pelo atual presidente e citou que o Brasil se tornou o sétimo país mais digitalizado no mundo, em levantamento feito pelo Banco Mundial em 2021.

Questionado por Fernando Nachtigall, vice-presidente de Articulação Política da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação da Regional do Rio Grande do Sul (Assespro-RS), sobre as propostas para as soluções digitais para o desenvolvimento dos ecossistemas de inovação, Onyx respondeu que atualmente, o Brasil tem 1,5 mil serviços digitalizados. Nossa lógica foi pró-empreendedor. Precisamos ter ousadia de inovar. Enquanto houve países que mandaram cheques para as casas durante a pandemia, usamos um aplicativo para mostrar quem podia receber o auxílio emergencial.

O candidato também respondeu ao questionamento de Rafael Sebben, diretor legislativo do Seprorgs, sobre as propostas para criar um programa de atração de talentos para o avanço científico e o aproveitamento dos recursos humanos no Rio Grande do Sul.

Onyx destacou que o governo precisa ter o entendimento de que a economia digital é um espaço importante para o presente e o futuro. O governo tem que ser capaz de tirar as pedras do caminho. O Banrisul precisa entrar no mundo digital. Caso eu tenha a honra de ser governador, o Rio Grande do Sul vai passar pelo mesmo processo que o governo federal passou, uma digitalização absoluta — prometeu.

Ricardo Jobim (Novo)

O candidato disse ter visão clara do que é a tecnologia e de entender o processo que o Estado precisa passar para voltar a ter mão de obra qualificada para o setor. Questionado por Pedro Valério, CEO do Instituto Caldeira, sobre quais ações concretas o candidato planeja executar para melhor preparar os jovens para as oportunidades e desafios dos próximos anos, declarou que investir da educação é um paradigma que precisa ser interpretado da maneira correta, porém é preciso dinheiro e investimento. Assim, pretende privatizar o Banrisul e priorizar investimentos na educação. O Ensino Fundamental, segundo o candidato é a base de tudo.

Posteriormente, Jobim respondeu ao questionamento do diretor regional do Seprorgs em Pelotas, Sérgio Santi, sobre a proposta para solucionar a interlocução entre as diferentes pastas e a articulação entre as secretarias de Estado e municipais, o candidato destacou que a Procergs não está tendo a velocidade necessária. Portanto, é necessário liderar um processo de modernização da máquina pública. A gestão precisa ser uma coisa integrada. O Estado precisa interagir e buscar soluções com o sistema privado.

Vicente Bogo (PSB)

O candidato relembrou seu período como deputado constituinte e como vice-governador de Antonio Britto (1995-1999). Além disso, Bogo ressaltou que o Rio Grande do Sul já foi um Estado referência nacional em educação, salientando que necessita preparar melhor os jovens para o mercado de trabalho.

A primeira pergunta respondida pelo postulante foi feita por Régis Haubert, vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), sobre as propostas para o incentivo à criação de parques tecnológicos, respondendo que o primeiro passo será fazer um planejamento a longo e médio prazo e analisar o respectivo potencial de cada área. A questão dos polos é fundamental. Diversificar a economia é importante. O público tem que articular com o privado. Do ponto de vista empresarial, Santa Catarina está ultrapassando a gente.

Posteriormente, o candidato respondeu a uma pergunta de José Antônio Antonioni, diretor presidente da Associação Sul-Riograndense de Apoio ao Desenvolvimento de Software (Softsul), a respeito do que pode ser feito para ampliar a utilização da tecnologia de informação para incrementar a qualidade e eficiência na prestação de serviços públicos. Afirmou o candidato que a informatização dentro da estrutura do Estado é fundamental para que, online, o cidadão possa saber tudo ao seu respeito, todas as informações, todos os documentos. O Estado tem que investir progressivamente. Um tema delicado é o da saúde, há um represamento de consultas. Se tiver a telemedicina, quem sabe o cidadão não precise sair de casa para a primeira consulta.

Vieira da Cunha (PDT)

Vieira da Cunha exaltou os números divulgador pela Zero Hora que mostravam que existiam 5 mil vagas abertas no setor de TI no Estado. A primeira pergunta respondida pelo candidato foi realizada por Arcione Piva, presidente do Sindilojas Porto Alegre, que questionou sobre a proposta para viabilizar o crescimento das pequenas empresas. Afirmou o candidato que buscar meios para que a carga tributária não seja excessiva e que o setor possa gerar emprego e renda. A educação, segundo o candidato tem que ser a prioridade

A segunda pergunta elaborada por Nilson Ayala, presidente da Associação dos Usuários de Informática e Telecomunicações do RS (Sucesu-RS), sobre as propostas para apoiar coworkings e o desenvolvimento de smart cities. O candidato argumentou que é possível implementar aplicativos para saber que horas o ônibus vai chegar. Se tiver uma cidade inteligente, vou para a parada a hora que o veículo vai passar, diminuindo o risco de ser assaltado. A economia digital vem para facilitar a vida das pessoas, principalmente no Interior. Precisa ter vontade política para utilizar os mecanismos do marco legal das startups. Com inovação e tecnologia, fazemos economia e melhoramos a vida das pessoas.

A realização do evento com os candidatoS ao Palácio Piratini contou com a consultoria  AGF Advice, que presta assessoria de relações institucionais e governamentais ao SEPRORGS.

AGF Advice Consultoria Legislativa, Tributária e Empresarial

Compartilhe: