Eduardo Leite assumirá a presidência do PSDB

O governador reeleito do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), irá assumir a presidência do partido a partir 2023 em substituição do ex-ministro Bruno Araújo. Na última quarta-feira (30) a executiva nacional aprovou o nome de Eduardo e começa o planejamento para a próxima gestão, que deve iniciar em fevereiro de 2023, não impactando a agenda de transição do governo do estado.

Eduardo Leite já vinha avaliando a possibilidade de assumir a presidencial nacional do PSDB e confirmou a decisão na última quarta-feira (30/11), conforme anuncio realizado na sua conta do Twitter.

Eduardo Leite foi alçado à presidência do partido por ser hoje o político com maior popularidade nacional e partidária, assim como ter o maior cargo dentre os correlegionários partidários que, desde a sua fundação, continuam perdendo assentos na câmara dos deputados e senado federal.

O PSDB nos próximos meses pretende realizar uma série de mudanças em sua estrutura partidária, bem como nos diretórios estaduais com o objetivo de consolidar os planos de renovação e para tentar reposicionar a sigla como expoente do centro democrático do país.

Leite espera na presidência do partido recuperar a força do campo político de centro, voltado à políticas liberais de responsabilidade fiscal e modernização da máquina pública, assim como programas sociais e fortalecimento das instituições e dever democrático.

Ressalta-se que, este é um importante movimento e sinalização para uma possível candidatura à presidência em 2026, ao permitir fortalecer o partido e alianças de centro, ao tempo que eleva seu nome nacionalmente. No entanto, o atual governador do RS cita que está à “disposição de liderar o PSDB a partir de fevereiro de 2023, em condição e formato que não prejudiquem a atuação que os gaúchos esperam de mim como seu governador – o que é absoluta prioridade”.

Apesar do PSDB de ter eleito três governadores, além de Leite no Rio Grande do Sul, Raquel Lyra e Eduardo Riedel estarão à frente dos executivos estaduais de Pernambuco e Mato Grosso do Sul, respectivamente, nos próximos quatro anos, o partido perdeu o comando de São Paulo, estado que governava há quase três décadas, e viu sua bancada federal ficar ainda mais esvaziada.

O Cidadania, partido com o qual os tucanos formam uma federação, também passará por alterações em sua linha de comando. A expectativa é que a geração mais jovem assuma espaços ocupados, por exemplo, pelo presidente nacional da sigla, o ex-deputado Roberto Freire.

O PSDB também está em negociações avançadas por uma união pelos próximos quatros anos com o Podemos, que anunciou a incorporação do PSC. O objetivo é ter um grupo ainda maior que apoie, a longo prazo, uma candidatura nacional própria.

AGF Advice Consultoria Legislativa, Tributária e Empresarial