Oficializado início da transição do Governo Federal. Saiba quem são os nomes indicados para a equipe
Atualizado em 08 de novembro de 2022 às 9:42 pm
O período de transição entre duas gestões dura dois meses e está regulamentada na Lei n° 10.609, de 20 de dezembro de 2022. Assim a equipe do presidente eleito poderá obter informações detalhadas sobre a situação das contas públicas, do processo de execução orçamentária, de políticas públicas, assim como da estrutura de instituições federais e órgãos da administração pública.
O texto da norma ainda dispõe que é facultado ao candidato eleito para o cargo de Presidente da República o direito de instituir uma equipe de transição, com o objetivo de se inteirar sobre o funcionamento dos órgãos e entidades que compõem a administração pública federal e preparar os atos de iniciativa do novo mandatário, a serem editados imediatamente após a sua posse.
A norma prevê que a equipe de transição seja supervisionada por um coordenador, a quem competirá requisitar as informações dos órgãos e entidades da administração pública federal. Os titulares dos órgãos e entidades públicas ficam, por sua vez, obrigados a fornecer as informações solicitadas, bem como prestar apoio técnico e administrativo necessários aos trabalhos.
Segundo a lei, podem ser criados 50 cargos em comissão, providos a partir do segundo dia útil após a data do turno que decidir as eleições presidenciais e liberados obrigatoriamente no prazo de até dez dias contados da posse do candidato eleito, marcada para 1º de janeiro de 2023.
As nomeações ficam sob responsabilidade do ministro-chefe da Casa Civil – cargo ocupado pelo senador licenciado Ciro Nogueira (PP-PI). O presidente também pode nomear o coordenador da equipe de transição para o cargo de ministro extraordinário, caso a indicação recaia sobre membro do Poder Legislativo.
Um gabinete provisório é instalado durante o período de transição. O espaço a ser utilizado para a realização dos trabalhos será o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), localizado em Brasília. A própria legislação prevê como obrigação do governo de turno disponibilizar aos eleitos local, infraestrutura e apoio administrativo necessário para o desempenho das atividades.
Na última sexta-feira (04/11) o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, nomeou o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, como coordenador da equipe de transição do presidente da República eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
Desta forma, Alckimin irá exercer o cargo especial de transição governamental (CETG), nível VII, e terá o direito de nomear até 50 pessoas para a sua equipe. A priori a equipe contará com 28 a 32 nomes dentre políticos que irão coordenar grupo temáticos e técnicos que estarão vinculados as respectivas pastas.
A transição terá 4 coordenadorias para gerir núcleos temáticos com os seguintes integrantes confirmados até o momento:
– Coordenador da Equipe de Transição: Geraldo Alckmin.
– Floriano Pesaro. Responsável por todo o processo administrativo da transição de governo. Coordenador-executivo do gabinete de transição.
– Relações Institucionais: Gleisi Hoffmann. Será responsável pelas relações institucionais com os partidos durante a transição de governo.
– Núcleo Temáticos: Aloizio Mercadante. Irá coordenar os trabalhos dos 28 (vinte e oito) núcleos temáticos da transição.
Janja Lula da Silva será responsável pelas decisões da cerimônia de 1º de janeiro.
O outro grupo técnico, o da assistência social, terá à frente três mulheres, senadora Simone Tebet (MDB-MS), as ex-ministras do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Márcia Lopes e Tereza Campello, além do deputado estadual André Quintão (PT-MG).
O conselho político terá representantes de partidos que formaram a coligação de Lula, além de novas legendas que se juntaram ao grupo após a vitória do petista no dia 30 de outubro. Serão membros do conselho os seguintes nomes:
- Antonio Brito (PSD), Carlos Siqueira (PSB), Daniel Tourinho (Agir), Felipe Espírito Santo (Pros), Gleisi Hoffmann (PT), Guilherme Ítalo (Avante), Jeferson Coriteac (Solidariedade), José Luiz Penna (PV), Juliano Medeiros (PSOL), Luciana Santos (PCdoB), Wesley Diogenes (Rede) e Wolnei Queiroz (PDT).
Dentre os nomes de economistas que foram indicados nesta terça-feira (08) André Lara Resende, Persio Arida, Guilherme Mello e Nelson Barbosa passam a integrar a equipe de transição, como os responsáveis na área econômica.
AGF Advice Consultoria Legislativa, Tributária e Empresarial