Quem são os nomes cotados para os ministérios do Governo Lula
08 de novembro de 2022
O Governo do novo presidente Lula deverá abrigar siglas que lhe apoiaram neste segundo turno na sua composição de governo, são elas, além o PT: PSB e REDE, que fizeram parte da federação junto ao PT, assim como PSOL, aliado ainda no primeiro turno, e partidos como MDB e PSD que deram suporte forte a campanha de Lula no segundo turno e já tem nomes cogitados como a senadora Simone Tebet (MDB) para compor o governo.
A grande incógnita e expectativa gira em torno de quem será o futuro ministro da Economia, pasta essa que irá ditar os rumos da economia para os próximos 4 anos. O mercado já se movimenta vide a entrada de nomes mais a ala desenvolvimentista aliada à Lula, como Fernando Haddad (PT) que está sem governo e sinalizou por várias vezes a intenção de extrapolar medidas fiscais como o teto de gastos para cumprir com as promessas de campanha; ou de nomes mais liberais e alinhados com o compromisso fiscal como do ex Ministro Henrique Meirelles (UNIÃO BRASIL).
Na mesma esteira de equipe econômica, mas menos provável, Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda do governo Dilma, que irá compor a equipe de transição de Lula. Nelson é reconhecido como um grande crítico ao Teto Fiscal de gastos do governo. O que é mais um indicativo de que não é a intenção do governo de Lula manter o teto de gastos.
Outro nome que balança o mercado é o de Marina Silva para a pasta do Meio Ambiente. Pasta esta com baixa reputação internacional, o nome de Marina pode ser usado para restauração do crédito internacional, ao custo de, por ser linha dura ambiental, internamente dificultar os processos de licenciamento ambiental para pequenas e grandes obras, como aconteceu durante sua antiga passagem pelo ministério quando oscilou por posicionamentos a favor e contra a transposição do Rio São Francisco.
Marcio França (PSB), derrotado na candidatura ao senado por São Paulo, é nome certo para compor o governo de Lula. No entanto, ainda sem uma pasta definida. Márcio tem manifestado interesse em assumir o Ministério da Cidades, pasta responsável pela interlocução com prefeituras e municípios. No entanto, dada a importância da pasta com o relacionamento e articulação com grande capilaridade, provavelmente será indicado o nome de algum membro do PT, tendo em vista a capacidade de fortalecer candidaturas municipais para a eleição de 2024.
Desse modo, é possível que Márcio assuma o ministério da Ciência e Tecnologia, pasta histórica do PSB nos governos Lula e Dilma ou a pasta da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
A senadora Simone Tebet (MDB) foi peça chave para a eleição de Lula, colaborando especialmente em movimentações para os votos de indecisos e pessoas menos afeiçoadas ao PT. Tebet prefere assumir a pasta da Educação, mas deverá ser cotada para os ministérios da Agricultura e da Justiça.
Alexandre Padilha que no pleito deste ano foi um dos coordenadores de campanha do ex-presidente está cotado para a Casa Civil ou para o Ministério da Saúde.
O vice-presidente eleito, do PSB, Geraldo Alckmin também poderá ocupar um ministério, o qual está sendo sondado a possibilidade do Ministério da Defesa ou para uma pasta que focaria nas pequenas e médias empresas.
Governador do Maranhão e senador eleito, Flávio Dino atuou para ampliar o número de votos de Lula no Nordeste, ex-deputado federal com carreira na magistratura é cotado para assumir o ministério da Segurança Pública e da Justiça.
O senador Wellington Dias é um dos cotados para assumir o Ministério da Fazenda, foi um dos coordenadores da campanha de Lula e colaborou na elaboração de propostas para a economia.
Lula se reúne com partidos políticos essa semana para definir as alianças e formar sua base no Congresso Nacional. A partir disso teremos os últimos possíveis nomes para assumir algum ministério via indicação política. Bastidores do Congresso tem a expectativa de que as definições ministeriais deverão ser informadas até o final deste mês, podendo ser concluídas logo após o retorno da conferência do clima, dia 27/11.
AGF Advice Consultoria Legislativa, Tributária e Empresarial