Reforma Ministerial: Lula realiza sua última reunião ministerial antes de reforma

21 de janeiro de 2025

Na segunda-feira (20 de janeiro), o presidente Lula convocou uma reunião com todos os seus ministros, realizando uma série de cobranças aos responsáveis pelos Ministérios do Governo Federal. Essa reunião é um passo anterior à promoção da reforma ministerial, que já foi anunciada.

As grandes mudanças estão previstas para depois das eleições das novas Mesas Diretoras na Câmara de Deputados e no Senado Federal, marcadas para 1º de fevereiro.

A abertura da reunião foi transmitida ao vivo e Lula iniciou o compromisso afirmando que “Esta será uma reunião em que a gente vai definir concretamente o que que a gente vai realizar até o final de 2026”.

O presidente fez questão de deixar claro aos ministros que esse ano as promessas de campanha devem se concretizar e intimou os presentes a uma conversa individual sobre cada uma das pastas: “2025 é o ano da grande colheita de tudo aquilo que a gente prometeu ao povo brasileiro e nós não podemos falhar. É importante que cada um de vocês reflita, porque depois eu vou chamar individualmente muita gente para conversar”.

Após a fala inicial do presidente, os ministros discursaram e apresentaram um balanço específico de suas pastas e as principais ações previstas para os meses seguintes.

A alta na inflação dos alimentos, a desvalorização do real e a polêmica da taxação do PIX foram causas de desgastes recentes do governo. Isso fez com que o chefe do executivo frisasse aos seus ministros a importância do compromisso com as diretrizes que serão traçadas para a segunda metade do seu governo.

Indicada como o principal problema do atual governo, a comunicação já teve alterações. A Secretaria de Comunicação Social (Secom), será comandada pelo publicitário Sidônio Palmeira — que atuou na campanha de Lula em 2022 — assumindo como ministro, no lugar de Paulo Pimenta (PT-RS).

O novo ministro foi escalado, principalmente, para reformular a comunicação do governo e as estratégias para enfrentar a desinformação, e terá a missão de aprovar as principais ações dos Ministérios, antes de seus lançamentos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a afirmar que os ministros não vão poder fazer portarias sem antes passar pela Casa Civil. A equipe técnica responsável só poderá editar esses atos administrativos se passarem pela Presidência da República.

Essa reunião ministerial acontece num momento em que aliados do governo no Congresso Nacional cobram mais espaço. Atualmente, dos 38 Ministros, 12 fazem parte do partido do Presidente, o PT, e os demais são divididos em 10 outros partidos: PSD, MDB, Republicanos, PSB, União Brasil, PCdoB, PP, PDT, PSOL e Rede têm representantes na equipe ministerial.

Contudo, é grande a pressão por parte de siglas do centrão, que sustentam a governabilidade de Lula no Poder Legislativo. Partidos que compõem seu governo almejam pastas importantes como a Secretaria de Relações Institucionais, Saúde, Justiça, Defesa, Minas e Energia e Agricultura.

Por fim, o presidente Lula disse estar ciente de que a eleição de 2026 já começou, afirmando que a oposição já estaria em campanha.

Participaram desta reunião ministerial, além de Lula e todos os seus ministros, Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do Governo no Congresso; José Guimarães (PT-CE), líder do Governo na Câmara; e Jaques Wagner (PT-BA), líder do Governo no Senado; além do assessor especial da presidência para Assuntos Internacionais, Celso Amorim.

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AGF Advice Consultoria Legislativa e Relações Governamentais