SEBASTIÃO MELO CONSOLIDA VANTAGEM E É ELEITO PREFEITO DE PORTO ALEGRE
Atualizado em 01 de dezembro de 2020 às 11:29 pm
No último domingo (29/11) foi realizado o segundo turno das Eleições Municipais 2020. Em Porto Alegre, os eleitores foram às urnas para escolher, entre os candidatos Sebastião Melo (MDB) e Manuela D’Ávila (PCdoB), quem governará a cidade pelos próximos quatro anos. Sebastião Melo (MDB) saiu vitorioso das urnas, com 370.550 votos, representando 54,63% dos votos válidos. Manuela D’Ávila (PCdoB) contou com 45,3% dos votos.
A confirmação da vitória de Melo encerrou um pleito eleitoral atípico, seja por ocorrer em meio à pandemia de Covid-19 e a necessidade de adaptação do pleito, seja pelo número inédito de candidatos registrados. Inicialmente, foram registrados 13 candidatos no Tribunal Superior Eleitoral, que concorreram ao primeiro turno.
Importante destacar que, no primeiro turno Sebastião Melo despontou no primeiro lugar, com 31% dos votos válidos, enquanto Manuela D’Ávila (PCdoB), apareceu em segundo lugar, com 29% dos votos. Outro ponto que merece atenção na eleição de Melo é que a capital gaúcha é o maior colégio eleitoral do Estado, com 1.082.726 eleitores e se divide em 10 Zonas Eleitorais. Com base nos resultados divulgados pela Justiça Eleitoral, Melo venceu em 9 das 10 zonas eleitorais de Porto Alegre.
Nesse sentido, comparando com o primeiro turno, realizado em 15 de novembro, Melo manteve as 6 Zonas Eleitorais onde havia sido vitorioso, e ainda conseguiu virar o resultado em outras 3 Zonas Eleitorais onde a adversária havia saído em vantagem.
Mello teve votação mais expressiva na 111ª Zona, que abrange bairros como Anchieta, Humaitá, Navegantes, Passo D’areia, Vila dos Industriários, Auxiliadora, Mont Serrat, Boa Vista, Três Figueiras, Bela Vista e Chácara das Pedras, que abrange bairros como Jardim Itu Sabará, Vila Jardim, Vila Ipiranga, Cristo Redentor, Jardim Lindoia, Passo das Pedras, Sarandi e Rubem Berta, com 62,66% dos votos, e na 112ª Zona, onde teve 60,15% dos votos.
Manuela contabilizou mais votos somente na 159ª Zona Eleitoral, que abrange a Zona Leste da capital, incluindo bairros como Lomba do Pinheiro, Partenon, Agronomia, São José e Morro Santana. Esta foi a 3ª vez que a candidata concorreu à Prefeitura de Porto Alegre. Embora a candidata tenha crescido nas últimas pesquisas eleitorais e se aproximado de Melo, o esforço desempenhado não foi suficiente para virar o resultado das urnas.
Após a divulgação dos resultados pelo TSE, com 54,63% dos votos válidos, confirmou-se a vitória da Coligação “Estamos Juntos Porto Alegre”, com Sebastião Melo (MDB) como prefeito e Ricardo Gomes (DEM) como vice-prefeito.
O prefeito eleito prometeu uma transição tranquila com a atual prefeitura de Nelson Marchezan Júnior. Entre as propostas para a transição, ele diz que pretende convocar a Câmara de Vereadores de forma extraordinária, em 1° de janeiro, para votar o texto da reforma administrativa. Dentre os projetos que pretende encaminhar, Melo destacou que providenciará o cancelamento do aumento do IPTU e propõe criar um programa de refinanciamento (Refis) do ISS. O objetivo do novo prefeito eleito é incentivar a abertura e a manutenção dos negócios, fomentando a retomada da economia.
Outro ponto destacado por Sebastião Melo é a pandemia. O candidato eleito pretende criar um comitê da Covid-19, com infectologistas, médicos e economistas, para preparar a cidade para receber a vacina contra a Covid e combater a pandemia para que não haja a necessidade de restringir as atividades econômicas.
A eleição de Sebastião Melo (MDB) para a prefeitura de Porto Alegre sinaliza uma mudança forte das relações entre Executivo e Legislativo. Contudo, as mudanças apenas se consolidarão conforme o prefeito trouxer para a sua base aliada e, possivelmente, para ocupar cargos na administração municipal, ao menos parte dos nove partidos que apoiaram o então candidato no segundo turno.
No primeiro turno, Melo já contava com o apoio de sete partidos (MDB, DEM, CIDADANIA, SOLIDARIEDADE, DC, PRTB e PTC), que participavam da coligação e, ainda, costurou durante o segundo turno apoios de outras oito legendas (PP, REPUBLICANOS, PSD, PTB, AVANTE, PSDB,, PODE e PSC), que, em número de vereadores eleitos, significariam mais 17 cadeiras. Deste modo, somados, seriam 24 vereadores apoiando o novo prefeito, abrindo a possibilidade de um prefeito com uma base mais confortável.
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